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PEQUENOS GRUPOS |
Unidos pela Fé em Cristo Jesus |
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Ministração 8. A Lei e os Evangelhos revelam Jesus |
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TEXTO BÁSICO “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.” (Dt 6.4). PRÁTICA DOS PG'S A Lei não salva, mas esboça o plano da redenção em Cristo confirmado nos Evangelhos. LEITURA BÍBLICA
Deuteronômio 6.4-9; Lucas 1.1-4. Deuteronômio 6 4 — Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 5 — Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. 6 — E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; 7 — E as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. 8 — Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. 9 — E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas. Lucas 1 1 — Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, 2 — Segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra, 3 — Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelentíssimo Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; 4 — Para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado. INTRODUÇÃO A Lei e os Evangelhos pertencem respectivamente ao Antigo e ao Novo Testamento. São livros sagrados de origem divina que integram o cânon das Escrituras. Possuem igual autoridade como regra de fé e prática, porém, com funções distintas. Os preceitos e as narrativas da Lei têm aplicações nos Evangelhos. Na lição de hoje, estudaremos a relação entre o Pentateuco e a Mensagem de Cristo. I. I. O PENTATEUCO: A LEI DE DEUS 1. Os cinco livros da Lei. Pentateuco é uma palavra que deriva de dois termos gregos, penta e teuchos, que significa “cinco volumes”. Trata-se do conjunto formado pelos cinco primeiros livros do Antigo Testamento: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. No texto hebraico, e pelos judeus ainda hoje, esses volumes são denominados de “Torá” com o sentido de “instrução, ensino, direção”. A totalidade do Pentateuco é identificada, nas páginas da Bíblia Sagrada, como a “Lei” (Êx 24.12; Mt 5.17); a “Lei de Moisés” (Js 8.31,32; At 13.39); a “Lei de Deus” (Ne 8.8; Rm 7.22); e a “Lei do Senhor” (Ne 10.29; Lc 2.22,23).
2. A grandeza da Lei. Estuda-se a Lei sob três aspectos: a) morais, que possuem validade permanente para todos os povos; b) cerimoniais, que tratam da liturgia religiosa dos judeus; e, c) civis, que dizem respeito à responsabilidade do israelita como cidadão. Nossa Declaração de Fé ensina que “a Lei de Moisés é o mais importante código de leis da antiguidade por sua santidade, por seu caráter espiritual e por sua autoridade divina: ‘a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom […] a lei é espiritual’ (Rm 7.12,14)” (p.151). Contudo, enfatiza o documento doutrinário, que a grandeza da Lei vai além de tudo isso, pois nela, Deus esboça o plano da redenção humana em Cristo: “Porque o fim da lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
3. A Lei e a fé cristã. A Escritura afirma que a função da Lei era transitória (Hb 10.1). Ela foi dada para revelar o pecado e demonstrar a necessidade da graça (Gl 3.19), e assim serviu de “aio” para nos conduzir à redenção em Cristo (Gl 3.24). A Lei encerrou a humanidade debaixo do pecado (Gl 3.22). Desse modo, ninguém pode ser salvo pelas obras da Lei (Gl 2.16). Nesse aspecto, a obra de Cristo nos resgatou da maldição da Lei (Gl 3.13), e nos deu vida mediante o Evangelho (2Tm 1.10). Cristo, o único sem pecado, cumpriu a Lei, e inaugurou a dispensação da graça (Ef 3.2; Hb 4.15). Agora, livres da Lei, vivemos debaixo da graça divina (Rm 6.14). E, todo aquele que permanece em Cristo, não vive pecando (1Jo 3.6). SINOPSE I A Lei esboça o plano da redenção em Cristo. Pelos méritos da cruz de Cristo, fomos resgatados da maldição da Lei. II. OS EVANGELHOS: A MENSAGEM DE CRISTO 1. O conceito de Evangelho. O termo “evangelho” tem origem no grego euangelion com o significado de “boas novas”. Refere-se à mensagem do Reino de Deus e da salvação por meio de Cristo (At 15.7; 20.24). Seus autores são chamados de evangelistas, que significa “portadores de boas-novas”. Os três primeiros, Mateus, Marcos e Lucas, são chamados de “sinóticos” porque são semelhantes entre si. Os sinóticos registram, especialmente, o ministério de Jesus na Galileia. O quarto Evangelho, João, tem peculiaridades próprias e enfatiza o ministério de Cristo na Judeia. Ressalta-se que, embora retratada de modo distinto, a mensagem dos Evangelhos é única (Gl 1.8).
2. A mensagem do Reino de Deus. Em Mateus, o Senhor Jesus, após o batismo nas águas (Mt 3.16), e sua vitória na tentação do deserto (Mt 4.11), passou a pregar a chegada do “Reino dos Céus” (Mt 4.17). Nos outros sinóticos, a pregação do reino também aparece como tema central da mensagem de Cristo (Mc 1.15; Lc 4.43). E João enfatiza que o reino divino não é deste mundo (Jo 18.36). Os Evangelhos indicam que as profecias messiânicas se cumpriram em Cristo (Lc 4.18-21). Neles, Jesus é apresentado como o Filho de Davi, e o Filho de Deus (Mt 1.1; Mc 1.1). Sua vinda inaugura o começo do Reino e requer a conversão dos pecadores (Jo 3.5). O Reino aponta para a soberania de Deus sobre todas as coisas, no presente (Lc 17.21) e no futuro (Lc 1.33).
3. A mensagem da Salvação. Nos Evangelhos, Jesus é identificado por três títulos principais: Salvador, Cristo e Senhor (Lc 2.11). Mateus registra que Ele veio para salvar o povo dos pecados (Mt 1.21). Marcos afirma que é preciso crer em Cristo para ser salvo (Mc 16.16). Lucas assevera que Ele veio salvar o que estava perdido (Lc 19.10). João esclarece que Ele é o Salvador do mundo (Jo 4.42). Por isso a mensagem da salvação é um ato do amor e da graça divina pelos méritos de Cristo (Jo 3.16). Os elementos dessa salvação incluem fé no sacrifício de Cristo, arrependimento de pecados e Novo Nascimento (Jo 3.3,15). Nesse sentido, Cristo declarou: “aquele que crê em mim tem a vida eterna” (Jo 6.47). SINOPSE II Os Evangelhos são as Boas-Novas que proclamam o Reino de Deus e a mensagem de salvação em Jesus Cristo. III. UMA MENSAGEM TRANSFORMADORA 1. A transformação do caráter. O caráter é definido como “a maneira própria de cada pessoa agir e expressar-se”. Na Lei, o Decálogo, ou os Dez Mandamentos, apresenta as orientações básicas para o modo de viver dos israelitas (Êx 20.1-17). Esses princípios também são aplicados nos Evangelhos (Mc 10.19), exceto a guarda do sábado (Mt 12.2-4). Contudo, a mera observância de códigos não pode salvar ninguém (Lc 18.18-24). Somente a graça divina é capaz de transformar o caráter humano. Por meio da ação do Espírito Santo, e da obediência ao Evangelho, o homem pode compartilhar a natureza do caráter de Deus (Mt 5.48). Desse modo, a mensagem do Evangelho de Cristo produz substancial mudança no caráter do cristão (Lc 19.8,9).
2. A restauração da família. Na Lei, a dissolução do casamento era permitida por qualquer motivo (Dt 24.1-4). Essa concessão banalizava a união conjugal, e provocava rupturas na família. Nos Evangelhos, Cristo ensina que o propósito divino para o casamento é a união indissolúvel entre um homem e uma mulher (Gn 1.27; 2.24; Mt 19.4,5). Esse ensino é enfatizado com as seguintes palavras: “o que Deus ajuntou não separe o homem” (Mt 19.6). As exceções são justificadas em casos de morte (Rm 7.2), infidelidade (Mt 5.32) e deserção do lar pelo descrente (1Co 7.15). E, mesmo nas situações de traição e abandono, a mensagem cristã apresenta o perdão e a reconciliação como atitudes preferíveis (Mt 5.9,44; 18.21,22).
3. A regeneração da sociedade. Nossa Declaração de Fé afirma que a estrutura dos Dez Mandamentos, que fazem parte da Lei, diz respeito a Deus e à sociedade, e envolve pensamento, palavras e obras. O Senhor Jesus ensinou que todo o sistema mosaico — a Lei e os Profetas — está resumido em duas ações: amar o Senhor e amar o próximo (Mt 22.37-40). Os Evangelhos asseguram que o amor de Deus para com a humanidade é a base da salvação (Jo 3.16; 15.13). Em vista disso, os cristãos receberam a missão de proclamar essa mensagem às nações (Mt 28.19). Assim sendo, a Igreja fiel e guiada pelo Espírito, ao pregar e viver o Evangelho, torna-se sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13,14). SINOPSE III A observância dos preceitos da Lei não salva, mas por meio da ação do Espírito, a obediência ao Evangelho muda as vidas. CONCLUSÃO A função da Lei era transitória; ela revela o pecado, mas, também aponta o plano da salvação em Cristo (Gl 3.24,25). O Senhor Jesus nos libertou da condenação da Lei (Gl 3.10-13). Nos Evangelhos, as Boas-Novas dessa salvação estão reveladas. Em suma, as obras da Lei não justificam, mas pela graça somos salvos, por meio do arrependimento e da fé em Jesus Cristo.
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