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Ministração 6: Neemias reconstrói os muros de Jerusalém


TEXTO ÁUREO
 
“Nunca mais se ouvirá de violência na tua terra, de desolação ou destruição, nos teus termos; mas aos teus muros chamarás salvação, e às tuas portas, louvor” (Is 60.18).
 
VERDADE PRÁTICA
 
Somente despertados, podemos vencer qualquer obstáculo para realizarmos a obra de Deus.
 
LEITURA BÍBLICA
 
Neemias 1
1    — As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza,
2    — que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam e que restaram do cativeiro e acerca de Jerusalém.
3    — E disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo.
4    — E sucedeu que, ouvindo eu essas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus.
 
Neemias 2
1    — Sucedeu, pois, no mês de nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, que estava posto vinho diante dele, e eu tomei o vinho e o dei ao rei; porém nunca, antes, estivera triste diante dele.
2    — E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente? Não é isso senão tristeza de coração. Então, temi muito em grande maneira
3    — e disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo?
4    — E o rei me disse: Que me pedes agora? Então, orei ao Deus dos céus
5    — E disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a edifique.
6    — Então, o rei me disse, estando a rainha assentada junto a ele: Quanto durará a tua viagem, e quando voltarás? E aprouve ao rei enviar-me, apontando-lhe eu um certo tempo.
7    — Disse mais ao rei: Se ao rei parece bem, deem-se-me cartas para os governadores dalém do rio, para que me deem passagem até que chegue a Judá;
8    — como também uma carta para Asafe, guarda do jardim do rei, para que me dê madeira para cobrir as portas do paço da casa, e para o muro da cidade, e para a casa em que eu houver de entrar. E o rei mas deu, segundo a boa mão de Deus sobre mim.
9    — Então vim aos governadores dalém do rio, e dei-lhes as cartas do rei. E o rei tinha enviado comigo chefes do exército e cavaleiros.
   
OBJETIVO GERAL
 
Mostrar que foi Deus quem despertou em Neemias o desejo de restaurar os muros de Jerusalém.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
   
I.    Mostrar como Deus respondeu às orações de Neemias;
II.    Saber como foi a ida e a chegada de Neemias a Jerusalém;
III.    Explicar como Neemias iniciou a reconstrução dos muros;
IV.    Compreender que o levantamento dos muros provocou grande oposição;
V.    Apontar como foi a inauguração solene dos muros;VI. Conscientizar a respeito dos ensinos que a construção dos muros traz.
   
INTRODUÇÃO
 
Nesta lição estudaremos como os muros de Jerusalém foram levantados, e como Deus levantou o homem certo para executar esta obra. A obra era de Deus, o qual, como dono da obra, providenciou tudo que era necessário para a sua realização, desde a autorização do rei para o envio de Neemias, até os recursos para custear a construção.
 
I. DEUS RESPONDE ÀS ORAÇÕES DE NEEMIAS

1.    Deus envia emissário a Neemias. Deus enviou emissário para informar Neemias acerca da situação reinante em Jerusalém. Esta pessoa foi Hanani, irmão de Neemias (Ne 1.2). Hanani contou como os judeus, que haviam retornado a Judá após o cativeiro, estavam em grande miséria. Muros fendidos, e portas queimadas a fogo, eram símbolos de miséria e de desprezo, e faziam dos moradores da cidade vítimas fáceis de assaltantes (Ne 1.3).

2.    Neemias, angustiado, jejua e ora. Deus despertou em Neemias uma profunda angústia pela situação de seu povo, que morava em Judá. Neemias começou a jejuar e a orar. A oração inicial de Neemias está registrada em Neemias 1.5-11. Iniciou seu período de oração no mês de quisleu (dezembro), e Deus, que ouve as orações, fez a resposta chegar no mês de nisã (março) (Ne 2.1).

3.    Deus responde às orações de Neemias. Como resposta às orações de Neemias, Deus despertou o rei para assumir a responsabilidade do empreendimento. Neemias era copeiro do rei. Certo dia ele apresentou-se diante do rei com semblante triste. Interrogado acerca do motivo de sua tristeza, Neemias relatou a situação da cidade de Jerusalém e de seu povo que ali vivia (Ne 2.2-3). Por inspiração de Deus, o rei perguntou a Neemias: “Que me pedes agora?” (Ne 2.4). Neemias orou ao Deus do céu para que pudesse responder ao rei dentro da direção de Deus. Em um momento, Neemias teve sua chamada para ir a Jerusalém confirmada, e respondeu ao rei: “Peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a edifique” (Ne 2.5).

4.    Deus despertou o rei a atender o pedido de Neemias. Neemias recebeu carta do rei dirigida aos governadores da região e ainda uma carta com ordem para que o necessário para a construção fosse dado a Neemias. Tudo segundo a boa mão de Deus sobre Neemias (Ne 2.8). Deus é verdadeiramente o Deus daquilo que é impossível aos homens.
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Temos um Deus que ouve e responde às nossas orações.
 
 
II. NEEMIAS CHEGA A JERUSALÉM (Ne 2.7-11)

1.    Neemias faz levantamento da real situação dos muros. Saiu à noite na companhia de poucos homens, sem dizer a ninguém qual era seu objetivo em Jerusalém (Ne 2.12-16).

2.    Neemias declara sua intenção de reedificar os muros. Tendo-se inteirado da verdadeira situação dos muros de Jerusalém, Neemias convocou os judeus, os nobres, os magistrados e todos os que faziam a obra, a juntos reedificarem os muros, para que não mais estivessem em opróbrio, declarando-lhes como a mão de Deus lhe fora favorável, como também as palavras do rei. Então disseram todos: “Levantemo-nos, e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem” (Ne 2.17-18).
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
Com a bênção de Deus e a permissão do rei, Neemias chegou até a cidade de Jerusalém.
 
 
III. NEEMIAS INICIA O LEVANTAMENTO DOS MUROS

1.    O plano de Neemias. Ver capítulo 3. Neemias dividiu a tarefa de construção em partes, tendo cada parte uma porta. Simultaneamente, lado a lado, haveria pessoas encarregadas de levantar o muro ao longo de toda a sua extensão, muitas delas edificando o pedaço do muro que ficava em frente à sua própria casa. Havia também grupos encarregados de levar entulho, trazer material etc. O coração do povo se inclinou a trabalhar (Ne 4.6). E logo já era possível notar que os muros cresciam e as roturas começavam a ser tapadas (Ne 4.7).

2.    A tática de Neemias. A tática de Neemias de engajar todos os judeus na obra de edificação do muro é um exemplo muito importante a ser seguido pelas igrejas em seu trabalho de evangelização. Neemias tinha um plano que aproveitava todos os que quisessem trabalhar, designando a cada um a sua função. Assim também o pastor da igreja deve, na direção do Espírito Santo, orientar os crentes a entregarem-se a Deus para realizarem a obra do Senhor. Trabalhar para o Senhor enche o coração dos crentes de grande alegria.

3.    A união dos judeus ficou ameaçada. Apesar da boa organização, a união necessária para a realização daquela grande obra estava ameaçada. Surgiu um problema entre os pobres e os ricos. Neemias tomou conhecimento do problema e sabiamente o resolveu, e a obra prosseguiu. Este tópico será retomado na lição número 8.
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO (III)

Neemias, cheio de fé e coragem inicia o levantamento dos muros.

IV. O LEVANTAMENTO DOS MUROS PROVOCOU GRANDE OPOSIÇÃO

1.    Iniciada a edificação dos muros, Sambalate e Tobias indignaram-se grandemente, e usaram várias estratégias para fazerem parar a obra. Todavia, Neemias e seus liderados, ajudados pelo Senhor, conseguiram vencer todos os obstáculos que se levantaram, e trabalharam sem cessar até à conclusão do muro. As diferentes formas de ataque dos inimigos dos judeus, e como Neemias conseguiu vencê-los, será assunto da Lição 9 deste trimestre.

2.    O muro foi concluído (Ne 6.15). Esta vitória teve grande repercussão. Até os inimigos tiveram de reconhecer que “O NOSSO DEUS FIZERA ESTA OBRA” (Ne 6.16).
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO (IV)
Os inimigos se levantaram para impedir a construção dos muros.
 
V. O MURO FOI SOLENEMENTE INAUGURADO

1.    Para a dedicação dos muros foram convocados todos os levitas, a fim de dedicarem os muros com alegria, com louvores, com canto, com saltério, com alaúdes e com harpas (Ne 12.27). Purificaram-se os sacerdotes e os levitas, e logo purificaram todo o povo, e as portas, e o muro (Ne 12.30).

2.    O ato de dedicação incluiu duas procissões ao longo dos muros, as quais pararam diante da Casa de Deus, onde houve sacrifícios (Ne 12.30,38,40). A alegria de Jerusalém era tão grande, que o som da festa podia ser ouvido de longe (Ne 12.43).
 
SÍNTESE DO TÓPICO (V)

Deus deu a vitória ao seu povo e os muros foram solenemente inaugurados.  
 
VI. OS MUROS TRAZEM ENSINO SIMBÓLICO IMPORTANTE
 
1.    A Bíblia fala da salvação como um muro. “Aos teus muros chamarás salvação, e às tuas portas louvor” (Is 60.18). E ainda, “Uma forte cidade temos, a quem Deus pôs a salvação por muro e antemuros” (Is 26.1).

2.    O muro da salvação fala da divina proteção que beneficia aqueles que se abrigam dentro dele. Observamos que o levantamento dos muros foi resultado de um despertamento. O crente despertado sente uma imperiosa necessidade de conservar-se dentro dos muros de salvação, onde ele é protegido pela excelente grandeza do poder de Deus. E pode dizer como Paulo: “Eu sei em quem tenho crido, e estou certo que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia” (2Tm 1.12).

3.    O muro da salvação é uma permanente linha divisória entre o reino de Deus e o reino deste mundo. Fronteiras deste mundo foram muitas vezes alteradas, porém a fronteira entre o reino da Luz e o reino das Trevas continua inalterada. A Bíblia diz: “Eu, o Senhor, não mudo” (Ml 3.6). O reino de Deus e o reino deste mundo são inteiramente irreconciliáveis. “Que comunhão tem a luz com as trevas?” (2Co 6.14). “Ninguém pode servir […] a Deus e a Mamom” (Mt 6.24).

O fato de o muro da salvação ser uma divisa entre o reino de Deus e o mundo, não significa que há uma “proibição” pela qual o crente não tem “direito” de fazer o que quer. O crente é livre! Todavia, a mesma linha divisória representada pelo muro da salvação, passa também DENTRO DO NOSSO CORAÇÃO! Por isso Paulo escreveu: “A não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo” (Gl 6.14). E podemos, assim, fazer nossas as palavras de Paulo: “O que para mim era ganho, reputei-o perda por Cristo!” (Fp 3.7). Finalmente, a salvação transforma o crente de tal forma que ele começa a querer aquilo que o Senhor quer, e passa a orar: “Seja feita a TUA vontade” (Mt 6.10). O segredo de uma vida cheia do Espírito Santo é: “Quem crer em mim COMO DIZ A ESCRITURA, rios de água viva correrão do seu ventre” (Jo 7.38).