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Ministração 1: Daniel ora por um despertamento

Série: Os princípios divinos em tempos de crise — A reconstrução de Jerusalém e o avivamento espiritual como exemplos para os nossos dias
 
Ministração 1: Daniel ora por um despertamento
   
TEXTO ÁUREO
 
“Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5.16).
 
VERDADE PRÁTICA

 
O crente dedicado à oração pode exercer influência no Céu, na Terra e até sobre os poderes malignos.
   
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
 
Daniel 9.1-3; 6.10; 2.17-19; Esdras 1.1-5.
 
Daniel 9
1    — No ano primeiro de Dario, filho de Assuero, da nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus,
2    — No ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.
3    — E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e rogos, com jejum, e saco e cinza.
 
Daniel 6
10 — Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.
Daniel 2
17    — Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Ananias, Misael e
Azarias, seus companheiros.
18    — Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este segredo, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, com o resto dos sábios de Babilônia.
19    — Então foi revelado o segredo a Daniel numa visão de noite. Então Daniel louvou o Deus do céu.
 
Esdras
1    — No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias) despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:
2    — Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá.
3    — Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém.
4    — E todo aquele que ficar em alguns lugares em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, e com ouro, e com fazenda, e com gados, afora as dádivas voluntárias para a casa do Senhor, que habita em Jerusalém.
5    — Então se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim e os sacerdotes e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a casa do Senhor, que está em Jerusalém.
   
OBJETIVO GERAL
 
Conscientizar os alunos sobre a necessidade de estudar a Palavra e orar em busca de um despertamento, proveniente de Deus, nesses dias trabalhosos.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 
•    I. Apresentar os motivos que levaram Daniel a ser despertado para a oração;
•    II. Pontuar a resposta divina às orações de Daniel;
•    III. Destacar o resultado de um despertamento proveniente de Deus.
   
INTRODUÇÃO
 
Os crentes fiéis brilham como a luz (Mt 5.15) e resplandecem no meio de uma geração corrompida e perversa (Fp 2.15). Assim era Daniel. Quando no ano 606 a.C. foi levado cativo para a Babilônia (Dn 1.1-4,6), era ainda muito jovem, tinha cerca de 15 anos. Muitos anos depois, Daniel gozava de elevado conceito no reino da Babilônia.
 
PONTO CENTRAL    
     
Precisamos estudar a Palavra e orar por despertamento espiritual.
 
I. DANIEL FOI DESPERTADO PARA ORAR
 
Ao ler o profeta Jeremias (Jr 29.10), ele observou que os 70 anos de cativeiro na Babilônia estavam para findar. Todavia, ainda não era possível notar qualquer sinal de que alguma coisa estivesse acontecendo na direção de uma mudança radical (Dn 9.2).
Assim, Daniel começou a orar com jejum, cobrindo-se de saco e cinza, em sinal de profunda tristeza (Dn 9.1-3) e orou com perseverança.
1.    Daniel vivia uma vida consagrada a Deus. Isto dava-lhe condições de orar. A Bíblia diz: “A oração dos retos é o seu contentamento” (Pv 15.8) e Ele “escutará a oração dos justos” (Pv 15.29). Daniel não se misturou com o paganismo, e vivia conforme sua consciência, no temor do Senhor. Daniel é considerado como um exemplo e um modelo para os crentes de todos os tempos (Dn 1.8).
2.    A estatura espiritual de Daniel capacitava-o para enfrentar verdadeiros combates em oração. Muitos crentes não conseguem servir de ajuda decisiva com as suas orações, porque nunca chegaram a experimentar o que significa combater em oração, o que significa perseverar firmemente em oração (Rm 12.12; Fp 1.30; Cl 2.1). Somente “visitam”, de vez em quando, o culto de oração. Daniel, porém, tinha por hábito orar três vezes ao dia (Dn 6.10). Quando sua própria vida, bem como a de seus amigos e a de todos os sábios da Babilônia estava em perigo, Daniel alcançou o livramento e a vitória através da oração (Dn 2.18-20). Daniel era, portanto, experiente na vida de oração.
3.    Coincidindo com o período de oração de Daniel, profundas mudanças estavam para acontecer na Babilônia. O reino da Babilônia estava em guerra com os medos e os persas. O rei da Babilônia era na época Nabonido. Seu filho Belsazar estava na capital, a cidade de Babilônia, cuidando dos assuntos administrativos do governo. Belsazar organizou uma festa para seus grandes. Estando já embriagado, mandou trazer os vasos sagrados que o rei Nabucodonosor havia trazido do Templo de Deus em Jerusalém, e havia colocado no templo pagão da Babilônia. Ele e todos os seus convidados beberam vinho nestes vasos santos (Dn 5.2-4).
Houve então uma intervenção divina. O rei viu que dedos de mão de homem escreviam na parede, defronte do castiçal (Dn 5.5). Acabou-se a alegria da festa. Os joelhos do rei tremiam. Sábios e astrólogos não puderam interpretar a mensagem escrita na parede. Finalmente Daniel foi introduzido na festa (Dn 5.13) e interpretou o texto escrito na parede. Entre outras coisas, estava escrito: “Dividido foi o teu reino, e deu-se aos medos e aos persas” (Dn 5.28).
“Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus” (Dn 5.30).
 
SÍNTESE DO TÓPICO (I)
Tudo o que aconteceu na vida de Daniel foi resultado de uma vida consagrada a Deus. Era através da oração que Daniel alcançava livramento e vitória contra seus inimigos.
 
 
II. A RESPOSTA ÀS ORAÇÕES DE DANIEL
 
Daniel havia orado, lembrando-se da promessa de Deus registrada pelo profeta Jeremias: “Vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar” (Jr 29.10).
Com a queda do reino babilônico, e com o início do governo do rei Ciro, as coisas evoluíram com muita rapidez, deixando todos surpreendidos e admirados.
1.    A Bíblia relata o que realmente aconteceu. “No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo: Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém” (Ed 1.1-3).
2.    Conforme essa declaração de Ciro, estava cumprida a promessa divina dada através do profeta Jeremias. Mas tudo foi como diz a Bíblia: “Tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos” (Ef 3.20). Vejamos, pois, o que estava para acontecer:
a.    Todos os judeus seriam liberados para voltarem a Judá, caso quisessem
(Ed 1.3);
b.    Receberam permissão para reedificar o templo;
c.    Todas as despesas da construção do Templo poderiam ser tiradas dos tributos de além do rio;
d.    Os vasos sagrados devem ser entregues aos cuidados de Zorobabel, nomeado governador dos judeus pelo rei Ciro, para serem transportados de volta para Jerusalém (Ed 1.7).
 
SÍNTESE DO TÓPICO (II)
A resposta divina às orações de Daniel incluía levantar Ciro para abençoar o povo, permitindo, entre outras ações, que o povo retornasse para Judá e reconstruísse o Templo.
 
 
 
III. O RESULTADO DE UM DESPERTAMENTO PROVENIENTE DE DEUS
 
1.    O rei Ciro foi despertado em seu espírito. “Despertou o Senhor o espírito do rei Ciro” (Ed 1.1). Talvez por meio de seu contato com Daniel é que Ciro veio a conhecer a Deus, e talvez até mesmo o adorasse. Ciro teve uma experiência pessoal com Deus no seu coração, e passou a compreender as realidades de Deus que ele antes ignorava.
a.    Ciro passou a ver a Deus como o SENHOR DOS CÉUS (Ed 1.2). O grande rei Nabucodonosor demorou a aprender esta lição (Dn 4.30-37). Cada despertamento verdadeiro faz com que o homem veja a majestade de Deus, sentindo a sua própria pequenez, o seu pecado e a sua baixeza. Saulo assolava, perseguia, fazia e desfazia, mas quando se encontrou Jesus, no caminho de Damasco, caiu por terra e apenas pôde perguntar: “Quem és Senhor?” (At 9.5). A Bíblia diz que ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor se não for pelo Espírito Santo (1Co 12.3).
b.    Ciro teve uma experiência com Deus, que é Santo. Os vasos sagrados haviam sido roubados do Templo de Jerusalém, por Nabucodonosor, e guardados no templo pagão da Babilônia (2Cr 36.18). Ciro era, agora, o responsável por eles, e mesmo sendo esses vasos muito valiosos, ele queria voluntariamente devolvê-los (Ed 1.7-11). Assim acontece sempre em cada despertamento verdadeiro. Quando Zaqueu teve um encontro com Jesus, quis devolver o que havia ganho com usura (Lc 19.8).
2.    O rei Ciro recebeu bênçãos espirituais. O profeta Isaías, 200 anos antes, profetizou acerca de Ciro, chamando-o de “ungido do Senhor” (Is 45.1). Isso nos permite entender que o Espírito Santo deve ter-lhe proporcionado alguma bênção espiritual. Cada despertamento traz bênçãos para o coração do crente.
 
 
SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O rei Ciro veio a conhecer a soberania divina e ver Deus como o Senhor dos céus e por isso foi muito abençoado pelo Todo-Poderoso.