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Ministração 4 - O Altar do Holocausto

TEXTO CENTRAL

“Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa” (Hb 10.22).

VERDADE CENTRAL

Na cruz, o Senhor Jesus Cristo purificou-nos de todos os pecados, tornando- nos aceitáveis diante de Deus.

LEITURA BÍBLICA


Êxodo 27.1,2,6,7.

1    — Farás também o altar de madeira de cetim; cinco côvados será o comprimento, e cinco côvados, a largura (será quadrado o altar), e três côvados, a sua altura.
2    — E farás as suas pontas nos seus quatro cantos; as suas pontas serão uma só peça com o mesmo, e o cobrirás de cobre.
6    — Farás também varais para o altar, varais de madeira de cetim, e os cobrirás de cobre.
7    — E os varais se meterão nas argolas, de maneira que os varais estejam de ambos os lados do altar quando for levado.

OBJETIVO GERAL

Mostrar que o Altar do Holocausto aponta para o Calvário.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS


⦁    I. Conceituar o Altar do Holocausto;
⦁    II. Explicar as quatro pontas do altar e o sentido de redenção;
⦁    III. Pontuar que o Altar do Holocausto é uma imagem do Calvário.

INTRODUÇÃO

Qual era o caminho que o pecador percorria para ter seus pecados perdoados? Ao estudarmos o Altar dos Holocaustos e o rito de lavagem dos corpos dos sacerdotes na pia de bronze, aprenderemos como alguns símbolos apontavam, com impressionante precisão, para a completude da obra expiatória de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nessa perspectiva, estudaremos o Altar dos Holocaustos, enfatizaremos relação simbólica das suas quatro pontas com a redenção provida pelo sacrifício vicário e, por último, como o Altar dos Holocaustos revela uma imagem do Calvário para nós. Que o Espírito Santo fale ao seu coração!

PONTO CENTRAL


A Cruz do Calvário foi o Altar do Holocausto da Nova Aliança.

I   O ALTAR DO HOLOCAUSTO

1   O Altar do Holocausto. O termo “holocausto” vem de um prefixo hebraico que significa “ascendente” ou “aquilo que sobe”. Nós o descrevemos como uma oferta consumida no fogo. No Antigo Testamento, a fumaça do holocausto exalava um cheiro especial que subia pelos ares. Quando um ofertante entrava no Pátio do Tabernáculo, a primeira imagem a aparecer-lhe era a do “altar”, mais conhecido como “o altar dos holocaustos”.
A palavra “altar” sugere uma ideia de “mesa levantada”, visto que a  imolação da vítima do sacrifício dava-se em cima do altar, ou seja, neste lugar, o sangue dos muitos sacrifícios era derramado pelos pecados do povo.

2    O modelo do altar e seus materiais. A forma do altar era quadrada. Seu lado interno era produzido com madeira de acácia e revestido com uma grossa camada de bronze (ou cobre). O altar media 2,25m de largura, mais 1,35m de altura. Ele tinha uma base alta e apresentava quatro cantos com quatro pontas em forma de chifres. Isso ajudava o sacerdote na ministração da cerimônia, pois o animal ficava amarrado em um desses chifres para, em seguida, ser sacrificado. Tão logo o pecador passasse pela porta principal do Pátio, ele teria que passar por alguns metros de distância pelo Altar dos Holocaustos. Assim, por meio do sacerdote, o pecador apresentaria a sua oferta de sacrifício ao Senhor.

O modelo estrutural do altar apresenta-nos alguns símbolos preciosos acerca do sacrifício vicário de Jesus:

1)   O Altar dos Holocaustos indica o caminho de salvação para o pecador. No Altar dos Holocaustos, o pecador tinha seus pecados expiados. Aqui, o Calvário de Cristo tem um significado todo especial. O Cordeiro de Deus fez- se de oferta para expiar toda a culpa do pecador. Ele é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Assim, nosso Senhor suportou, em nosso lugar, o juízo de Deus sobre o pecado, fazendo-se pecado por nós (Is 53.4,10; Zc 13.7; Mt 26.39; 1Tm 2.5,6).
Tenha confiança na suficiência do sacrifício de Jesus! Todo acontecimento histórico e espiritual é relevante em Cristo. Examinar isso em nosso coração, de maneira sincera, implicará nossa eternidade.

2)   Os chifres do Altar indicam um símbolo de poder, autoridade e proteção. Na Bíblia, “os chifres” têm um símbolo de autoridade, poder e proteção. Essa simbologia estava presente no altar do holocausto e lembra-nos o mesmo poder, autoridade e proteção que o Senhor revelou no Calvário. Jesus Cristo, a luz do mundo, é poderoso para salvar todos os homens (Mt 28.19; Mc 16.15; Lc 24.47; At 1.8; 1Jo 2.2).
 

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

O Altar do Holocausto era quadrado e seu lado interno era de madeira de acácia e revestido com bronze.

II    AS QUATRO PONTAS (CHIFRES) DO ALTAR E O SENTIDO DE REDENÇÃO

O Antigo Testamento apresenta uma linguagem que prefigura coisas e experiências presentes no Novo Testamento. De modo geral, a imagem das quatro pontas do Altar dos Holocaustos apresenta-se nessa perspectiva quando analisamos o sentido de redenção contido nelas:

1    As quatro pontas e a Propiciação. O ato de fazer a propiciação, segundo o Dicionário Houaiss, implica “tentar obter de alguém sua boa vontade, torná- lo favorável, aplacar a sua ira com sacrifícios”. Nas Escrituras, o sangue do sacrifício era de um animal inocente. Quando o sacerdote imolava o animal e retirava-lhe o sangue no altar de quatro pontas e, com esse gesto, apresentava a oferta pelos pecados do povo. Isso é uma propiciação, ou seja, um modo de readquirir o favor de Deus. O evento era uma ação para apaziguar a ira de Deus, a fim de que a sua justiça e a santidade fossem satisfeitas e proporcionassem um perdão eficaz ao pecador. As quatro pontas do altar do holocausto rememoram a morte de Cristo como propiciação provida por Deus para cobrir o nosso pecado e manifestar a justiça divina. O Senhor tomou sobre si o nosso pecado, revelando-nos o ato gracioso do Pai (Rm 3.24-26; 1Jo 2.2).

2   As quatro pontas e a Substituição. Levítico 16 diz muito acerca do sentido de “substituição”. Ele narra que o sumo sacerdote Arão colocava as mãos

sobre a cabeça do animal para sacrificá-lo. Esse animal devia ser um macho sem defeito. Posteriormente, o sumo sacerdote confessava os pecados e as faltas do pecador arrependido a partir da oferta apresentada no altar dos holocaustos com as quatro pontas. Logo, a oferta tomava o lugar do pecador. Foi exatamente assim que Jesus levou sobre si a nossa culpa, oferecendo-se na cruz em nosso lugar (Is 53.4-6; Jo 1.29; 1Pe 2.24). Na pessoa de Jesus Cristo, a nossa pena foi cumprida plenamente (1Co 5.7).

3   As quatro pontas e a Reconciliação. O Altar era o lugar-símbolo da reconciliação de Deus com o povo de Israel. Ali, uma vítima inocente era completamente queimada e consumida, restando apenas o sangue colocado numa pequena pia e encaminhado ao Lugar Santíssimo, o qual, depois, era aspergido sobre o propiciatório (Êx 29.11-14; Lv 4.12,16-21; 16.14-19,27). Esse rito nos leva à cruz como o único lugar onde Deus se encontra com o pecador, a fim de perdoá-lo e reconciliá-lo mediante o sangue da expiação (Hb 9.12; Rm 5.10,11; 2Co 5.18,19). Na cruz, o Cordeiro Inocente pagou a dívida do culpado e, por isso, podemos dizer: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2Co 5.19).

4    As quatro pontas e a Redenção. A ideia que a palavra nos dá é a da libertação da prisão do pecado. Logo, Redenção é o pagamento de um preço pelo resgate de uma pessoa. O preço: a morte de Cristo na cruz (Mt 20.28; At 20.28; Gl 3.13; 1Tm 2.5,6; 1Pe 1.18,19). Aqui, é importante ressaltar que o termo “redimir” aparece, na língua grega, com o significado de “comprar e tirar fora do mercado” (uma expressão retirada do comércio de escravos), ou seja, “resgatar” de uma vez por todas a pessoa da escravidão. Foi isso que Jesus fez por nós quando nos libertou da escravidão do pecado (Rm 6.22).
 

SÍNTESE DO TÓPICO (II)
As quatro pontas do altar traz trazem um significado de propiciação, substituição, reconciliação e redenção.
 

III    O    ALTAR    DO    HOLOCAUSTO    É    UMA    IMAGEM    DO CALVÁRIO

1    O lugar do sacrifício. No Altar dos Holocaustos, como visto anteriormente, as vítimas inocentes eram sacrificadas no lugar dos pecadores. Segundo a doutrina do Antigo Testamento, confirmada no Novo, “quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22). O lugar em que foi cumprida de uma vez por todas tal realidade foi no Calvário (Hb 9.27,28). Nele, o Cordeiro de Deus, o Filho Unigênito, foi sacrificado por amor a nós (Jo 3.16).

2    O lugar de punição ao pecado. O altar do holocausto denota que todo o ato pecaminoso deveria ser punido. A santidade de Deus e sua justiça não deixam o pecado sem punição. Infelizmente, nos tempos atuais, muitos não gostam de ouvir acerca da gravidade do pecado e como Deus se ira com ele. É preciso afirmar que semelhante ao altar do holocausto, o Calvário foi o lugar de punição do pecado de toda a humanidade. Na Cruz, Deus libertou- nos do pecado e proveu-nos eficaz salvação em Jesus, pois as Escrituras afirmam: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).

3    O lugar de esperança. A obra no Calvário foi muito superior e mais ampla que a dos holocaustos, pois, a partir dali, o pecador arrependido ressuscita para uma nova vida (2Co 5.17). A obra do Calvário traz-nos um chamado à ressurreição. Nossa vida manifesta agora todo o refrigério do Evangelho e da ação do Espírito Santo em nós. Por isso, o Calvário é um lugar de esperança!

SÍNTESE DO TÓPICO (III)
O Altar do Holocausto remonta o sacrifício, a punição do pecado e o lugar de esperança.

CONCLUSÃO


Hoje aprendemos que o pecador precisava, no Antigo Testamento, passar pelo “altar de sacrifícios” para que fosse aceito diante de Deus. Mas vimos também que Cristo é a oferta suficiente e eficaz para a expiação completa de nossa culpa. Em Cristo, somos redimidos! Portanto, prestemos ao Senhor um verdadeiro sacrifício de louvor!